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terça-feira, 30 de março de 2010

Eduarda Sneidher Vasconcelos

ANSIEDADE
Passei a tarde inteira observando o celular esperando ouvir seu toque e,do outro lado da linha,uma voz grave dissesse o meu nome.
A minha tarde foi passada inteiramente dentro do quarto.
Olhei para o relógio de coração que ficava em cima do criado-mudo que ficava do lado da cama.Ele marcava 17:31h.Minha esperança se sentia exausta.
Disse para mim mesma que esperaria ateh as 18 horas e nenhum minuto a mais.
Desisti as 17:40 h. e decidi ir ateh a cozinha-já que os 2 sanduiches que tinha feito,já havia acabado e o copo com suco de laranja estava quase no fim.
Chegando no fim do corredor, que era a pista de ligação até a escada,ouvi um som contagiante tocar ao longe.Era o meu celular.Meu corpo em um movimento instantâneo,se contorceu em volta de si próprio e voltou para o quarto de imediato.Meus olhos brilharam.Uma lágrima se pindurou em meus cílios inferiores do olho direito quando viu que o número era desconhecido.
Respirei fundo e ensaiei o "ALÔ" umas 3 vezes antes de atender.Apertei o botão verde e disse:
-Alô!-era tremulo.Parecia que eu estava cansada,com medo.Medo estava.Só que era de naum ser quem eu tanto esperava.
-Eduarda??-ele disse como quem procurava ansioso uma resposta positiva para sua pergunta.
-Sim.Quem fala??-queria fazer uma de dificil.Eu era dificil,mas com ele,essa característica desaparecia.
-Oi-o tom era de felicidade-Sou eu o Grahan.Tudo bem?
Fiquei meio em dúvida do que fazer.
-Oi-disse um pouco mais descançada-td bem sim e com vc??
-Melhor agora.Vc está ocupada??-disse ele esperando uma resposta negativa.
-Não.Por que??-fantasiava a reação dele.
-Não quero atrapalhar.Não liguei antes por que estava na academia e lá meu celular perde o sinal-ele estava me dando satisfação??
-Td bem.
-E aí?O que fazia de bom?
Meu coração queria dizer "ESPERAVA POR VC AMOR DA MINHA VIDA",mas minha racionalidade tbm falava alto.
-Eu...-respirei fundo para naum dar a resposta errada-estava indo na cozinha fazer um sanduiche e pegar suco de laranja-ri da minha descrição infantil e faminta.
-Que bom!Amo suco de laranja.
-Pera ai.Vc estah melhor?Desculpa por naum perguntar!Que idiota eu.
-Sim.Tô ótimo.Não se culpe.
-O que tinha afinal??
-Dor de cabeça somente.
-Menos mal jah que estah bem.
"Grahan,seu pai estah te chamando", ouvi um grito ao fundo do outro lado da linha.
"Já vou." disse a voz de Grahan.
-Caramba....meu pai está me chamando.Pelo telefone nem tem como conversarmos direito-ele riu como quem buscasse um jeito naum ofensivo para perguntar algo.-Vamos no próximo sábado ao cinema??Dar um passeio sei lá....Não me leve a mal por favor!
Fuquei calada por um bom tempo.
-Eduarda?vc estah ai??-Ele procurava pela minha voz.
-Sim ,estou!
-Então vamos??
-Sim....-finalmente disse o que ele queria ouvir em um tom desacreditado.
-Ótimo.Depois eu falo com vc pra combinar deireitinho tah??
-Tá bom.
-Tchau.Se cuida.
-Vc tambem.
-Beijo.
-Beijo.
Desliguei o telefone sem nem saber se ele ainda ia dizer alguma coisa.
Comecei a chorar de felicidade.Liguei o som bem alto e comecei a dançar agitadamente a musica que tocava.
Estava começando a viver um conto de fadas.

terça-feira, 23 de março de 2010

Eduarda Sneidher Vasconcelos

PENSAMENTOS VOADORES
Minhas articulações doiam de tanto que eu havia pulado e me remexido para expressar a felicidade que sentia.
Quando fui me aprontar para dormir,levei mais que o triplo do tempo pois,a cada movimento brusco que fazia,uma paralização de meu olhar ao vázio era execultado por meus comandos dormentes.
Após um longo tempo de rendenção à minha mente fantasiosa,fui encostar meus pensamentos no travesseiro, mas o dificil era encosta-los lah,jah que ,eles beijavam o céu de tão alto que voavam.
O MELHOR SUSTO DO MUNDO*-*
A manhã nascia e minhas pálpebras se desprendiam umas das outras.
Me espreguissei e tratei logo de me arrumar pois mais um longo dia de pensamentos estava por vir.
Após todo o ritual matinal de qualquer pessoa normal-comprimentar a familia,tomar café etc-,fui parar na escola.Assim que a fachada da escola entrava em meu campo de visão,meu coração desparou.Sentia o forte bombear de meu sangue dentro de mim.Fechei os olhos e respirei fundo.
Subi as escadas procurando por Grahan,mas não o encontrei.Abaixei a cabeça e continuei o meu caminho para a sala de Química.
A explicação de Química acabou assim que o professor-bem humorado- fez uma cara de espanto com o barulho do sinal que interrompia a aula.Arrumei o meu material e segui para a sala de História.
À um passo de entrar na sala,meu braço foi puxado para trás com uma pegada de arrepiar a espinha.Quando dei por mim,meu corpo estava precionado entre a atmosfera fria da parede e o calor de seu corpo.
Sua voz era de dor.
-Bom dia!Te procurei na entrada mas não achei.....-sua face era preenchida por caretas.
Minha expressão era de alegria oculta.
-Vc tah bem?-meus olhos procuvam os dele-Vc me parece meio.....mal!
-Na verdade não!Estou com uma dor de cabeça insuportável..tô indo embora!!Meu irmão vai vir me buscar!ele naumfoi trabalahr hoje!
-Que pena!-meus olhos se entristeceram.
-É mesmo!Mas na verdade eu quero pedir uma coisa pra vc!
Minha mente fértil atrevessou as nuvens ao imaginar o que poderia ser.
-Me passa seu telefone??
Silenciosamente feliz.Essas duas palavras descrevem perfeitamente no que a minha expressãotinha se formado.
-Claro!
Ele sacou o celular e com um enorme enteresse e atenção agendou meu telefone em seu celular.
-Valeu!-disse ele antes de me dar um beijo apressado e demora na bochecha esquerda.Minha alegria era refletida nos olhos.
-Nada!!
E vi sua imagem se diminuir se distânciando de mim.
Vi olhares curiosos procurando motivo para comentar,mas,nem dei atenção.



segunda-feira, 22 de março de 2010

Eduarda Sneidher Vasconcelos

RESSACA
Fiquei com medo de que ,assim que eu deitasse a cabeça em meu grande travesseiro,despertasse daquele sonho que acontecia a algumas horas atráz;por isso ,nem me deitei.Fiquei em frente a penteadeira tirando os residuos daquela tarde de minha face-sinceramente meu interior naum queria.
Assim que meus cabelos estavam enrolados em um coque e minha maquigem devidamente removida, a banheira com sais de hortelã me esperava.Gostava do aroma de hortelã.Relaxava minha alme e me fazia pensar sobre os mais diversos assuntos-e principalmente nos problemas.
Entrei no banheiro e fiquei olhando para minha cama pensando,no quanto ela sofria com o meu corpo em movimento a cada pensamento em cada noite de sono turbulento.Após precionar os lábios,me virei e me entreguei a banheira.Coloquei a perna esquerda e larguei o roupão assim que preparava para afogar o pé direito.Mergulhei meu corpo de forma a se asemelhar com qualquer movimento de IOGA.
Assim que meu percoço estava imerso e meu queixo já tocava a água,pensei na porcentagem daquilo tudo ser um sonho que tive acordada;ou seja,uma breve fantasia.
Meus olhos estavam fechados até que,finalmente , a consiência percebeu a pergunta da qual ele queria respota.Ele queria que eu fosse amiga dele.
AMIGA.Eu sei que naum eh uma permissão para algo sério mas,era um bom passaporte.
Assim que a ficha bateu em minha razão,meus olhos abriram e um suspiro saiu forte de minhas narinas.Olhei o luar atravéz da janela de vidro.As estrelas disseram que naum iam se pronunciar a respeito ,preferi naum pertuba-las.
Preferi dormir com a dúvida de que o que acontecera-ou não-aquela tarde era verdade,ou mera fantasia do meu inconsciente.
AMIGA?...AMIGA!
A claridade que os raios do sol produziam em cima da minha cama,fazia meus olhos arderem.
Para não ficar com pensamentos vagos em minha cabeça,coloquei uma música bem alta para tocar em quanto me aprontava para tomar banho.
A música ainda rolava alta quando começava a me maquiar para o dia que viria pela frente.
Peguei minhas coisas,passei na mesa ,comprimentei quem estava em sua volta,peguei algo qualquer na mesa e e fui para a escola.
Chegando lah, me senti a pessoa mais criminosa do mundo.Tive a lijeira impressão de que estava sendo observada a cada passada e cada vez mais.
Meus pensamentos fugiam "daquele assunto" e se refugiavam em qualquer coisa como por exemplo ,os números confusos de matemática.
O sinal que indicava o término da última aula batera e minhas pernas -ansiosas para voltar para casa-,se enroscava uma na outra.A poucos metros de distância da escada que dava acesso a saida para rua,um grito ecoou no corredor tocando meus timpanos.
-EDUARDA!!!-olhei rapidamente para tráz.
Minhas iris procuravam ansiosas quem era que pronunciava meu nome com tanta alegria.Assim que avistei não acreditei.Respirei fundo e virei meu corpo para onde meus olhos olhavam.
Era ele.Ele correu em minha direção-que pena que o pátio estava vázio e não tinha como ninguem,a naum ser ele,para me despertar daquele sonho-,e veio desacelerando os passos quanto mais se aproximava de mim.
Meus olhos se fecharam e o silêncio habitou por algusn segundos.Minha voz o detruiu.
-Me chamou?-disse eu segura de mim mas naum ,devidamente,de meus atos.
-Sim!A gente tem um "assunto " pendente esqueceu??-a expressão facial dele naum era de quem esperava ouvir um naum-ele nunca ouviria um NÃO de mim(pelo menos naum naquele momento).
-É verdade!-o ar que saia dentre meus dentes demonstrava nervosismo.
-E então??Amigos??
Devo ter feito uma cara de inconformada para ele proseguir dessa forma:
-Eu sei que amizade se conquista com o tempo e tal ,mas eh ......naum sei pra vc , mas para mim,a gente se conhece jah faz um bom tempo.Eu acho que naum eh soh uma "amiga " que eu quero.Acho que eu tbm quero uma "irmã" jah que naum tenho nenhuma sabe?-o seu sorriso pleno me encantou.Fiquei com muita "raiva"(se eh correto dizer assim) de saber que entraria para a familia por esse grau de parentesco:IRMÃ.
-Vc nem confia em mim....-ele interrompeu minha fala.
-Confio sim....eu jah tô com vontade de falar com vc jah faz um tempo mas vc sempre fugia de mim.....-ele riu.
-E se eu for uma mafiosa e querer te matar futuramente??-eh claro que nunca faria isso.
-Eu sei que naum eh !-vendo que eu naum acreditava no que ouvia,continuou em um tom de acordo-Td bem!Vamos fazer o seguinte!A gente vai conversando e se conhecendo para estabelecer uma confiança tah??-os dedos dele estavam cruzados em figa.
-Td bem!
Ele beijo minha bochecha direita e se foi prometendo com um breve "ATÉ" um próximo encontro
Não acreditei no que tinha acabado de ouvir.Pq ele estaria taum interessado em minha amizade??pq queria tanto ficar perto de mim??
Qualquer resposta valia,exceto a que ele estava afim de mim.Ele gostava de cabelos cacheados.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Eduarda Sneidher Vasconcelos

ANSIEDADE
A tarde se aproximara quando minha ansiedade interrava os dedos na palma das mãos.
A manhã interira foi assim e naum havia motivo para a proximidade que se tornava mais presente ser diferente.
Passei o tempo inteiro em frente ao espelho olhando meus próprios olhos.Reparei que eles marejavam ao lembrar na menina de cabelos cachiados,e minha mente me fazia encolher os ombros quando pensava na porcentagem de chances que ela tinha de ser a mais nova dona de seu coração.
Me senti na condição mais extrema do ridiculo quando me virei e fantasiei o seus braços me alinhando em seu peito e me fazendo respirar ofegante.
IRIS COM IRIS
O relógio marcava 15:16 h. quando da minha janela improvisei uma arquibancada.Fiquei ali ansiosa para ouvir o ronco do motor do carro de meu irmão.Ele ia sair do serviço mais cedo e iria traze-los para casa.
Assim que o relógio badalava as 16 h. o carro de meu irmão chegou.
Fiquei simplesmente sem reação.Não sabia se corria e esperava eles na ponta da escada, na sala de estar ou se eu me jogava dali mesmo e me declarava para ele.Meu corpo não obedecia nenhum de meus comandos.
Depois de 30 segundos minhas pernas me levaram ateh a penteadeira e me olhei pela ultima vez.Meus olhos cintilaram.
Assim que abri a porta de meu quarto,meus olhos se esbarraram em algo que eu incomensuravelmente almejava.Ele estava entrando no quarto de meu irmão.
Meu pai e minha mãe tinham tinham ido fazer uma visitinha a minha madrinha-essas visitas duravam cerca de muito tempo,dependendo do assunto- e com isso,pude me sentir a sós com ele,levando em consideração que eu não conhecia o irmão dele e meu irmão não fazia a diferença.
Ele me olhou e com um sorriso me confundiu -naum sabia se ele estava rindo para mim ou de mim por causa da minha cara pasma-mas me esclareceu quando disse OI.
Minha boca naum se mexia .Parecia que naum tinha passado gloss em meus lábios e sim,cola instantânia.
Me descongelei quando ele curvou a cabeça para frente e acenou com a mão esquerda jah que a direita estava em seu bolso.Retomei o ar e disse um OI curto e grosso,direto e reto.
Meu irmão e o irmão dele que já estavam dentro do quarto,sairam para ver com quem que ele dialogava -ou pelo menos tentava.
Meus olhos se assustaram quando ele iniciou uma conversa.
-Não sabia que vc morava aqui!-disse ele em um tom surpreso e feliz.
-É!Eu sou.....-meu irmão interrompeu minha fala demonstrando ciúme.
-Ela é minha irmanzinha-saia ele do quarto para contornar o meu pescoço com seu braço esquerdo-e irmanzinha,esse eh o meu amigo Zaion e esse é o irmão dele,Grahan-apontava ele com o dedo indicador ligando o nome a pessoa.
-Prazer, Eduarda!-disse Zaion com um ar de simpatia na expressão-seu irmão me disse que vc estuda na mesma escola que o meu irmão.Ele eh muito bagunceiro?-disse ele rindo e olhando para o irmão.
-Bem....é....-as palavras mal saiam inteiras até que o meu irmão me deu um leve chaqualhão.Olhei para a cara dele procurando incentivo- na verdade eu mal converso com ele.A gente só se conhece de vista mesmo.
Ele olhou meio que indignado para meu rosto e se manifestou.
-A gente se conhece sim,não só de vista.A gente se bateu esses dias no corredor enquanto trocavamos de sala, lembra??Eu até te ajudei a recolher os livros do chão...
Meu irmão nos olhava indignado.Achava que Grahan jah estava querendo "roubar" sue irmã mais nova-quem me dera.
-Lembro sim mais eh que ....a gente nunca conversou.Eu não te conheço bem ao ponto de descrever como eh que vc eh entende?
Ele assinalou com a cabeça um sim e a todos se congelaram.
Meu imão ,para quebrar o gelo e ,principalmente, o encontrar de iris que estava rolando entre eu e Grahan,gritou todo empolgado:
-Vamos pegar os jogos para levar para a sala de estar -disse ele largando de meus ombros e entrando novamente em seu quarto -.Lá a TV eh de 72 polegadas.A adrenalina eh maior!-Zaion entrou em em seguida de meus irmão dentro do quarto.
Grahan ficou olhando para meu rosto fazendo eu entender que ele estava examinando cada particula de minha maquiagem.Ele girava o rosto ,fazendo seu queixo balançar de um lado para o outro e sem tirar seus olhos dos meus.Respirei fundo e quando ia perguntar o pq tanto me olhava,meu irmão chamava-o para dentro do quarto para ajuda-lo a escolher o jogos.
Percebi que algo estava começando a ser regado naquele momento.Ia ser uma tarde imperdivel.
A TERRA ERA FÉRTIL
Estava com o meu notebook na sala de jantar.A porta da sala de jantar estava na minha frente.Era soh eu fazer meus olhos passarem por cima do notebook e atrevessar a sala de entrada que o que se podia ver era eles jogarem video game e vibrarem na sala de estar.
Ouvi meu irmão pedir-inconcientemente- para o Grahan pegar mais pipoca na cozinha;Grahan disse que não sabai onde ficava a cozinha e ele disse que eu sabia.
Quando dei por mim,Grahan estava caminhando em minha direção e com um sorriso timido estampado no rosto.
-Seu irmão pediu para vc me mostrar onde tem mais pipoca!-e balançou a tigela que estava em sua mão direita e o colocou em frente ao notebook.
-O Eduardo é tão folgado!
Ele deu um sorriso de concordância.
Encostei minhas mãos na borda da mesa e com as pernas afastei a cadeira fazendo uma volta completa em meu próprio eixo.Ele observava cada movimento meu com extrema atenção.
-Vem comigo!-o chamei com as mãos.
Ele veio com a tigela e colocou em cima da copa,onde eu estava soh que do outro lado.
Procurei a pipoca mas acabara a pronta.
-Putz...-reclamei-vai ter que esperar fazer!!Eh de microondasEh rapidinho.Vc espera??
-Sim!-disse ele sem nenhum incomodo.
Ele observava cada movimento meu.Desde do pegar na embalagem até precionar o botão LIGAR do microondas.
Minhas mãos procuravam coisas para organizar na bancada,ateh que o silencio que predominava ,foi quebrado com a seguinte frase:
-Eu sou bagunceiro??-um tom de dúvida fluiu de sua garganta.
-Não sei!como jah disse não converso com vc.Não te conheço o sufiente pra te responder essa pergunta.
-Não seja por isso!-ele estava entusiasmado??-o que quer saber??
Dei um meio sorriso.
-Não sei!
-Vc é timida??
-Não eh que ....as vezes eu........-as palavras não conseguiam fluir corretamente.
-Vc é timida!-ele riu de canto.
-Sabia que jah faz um bom tempo que venho de observando no colégio?
"Poderia alguem por favor me beliscar?"Clamava minha alma.
-Pq?-perguntei sem acreditar no que acabara de ouvir.
-Pq vc é do tipo de menina que eu gosto de olhar e observar-gesticulava ele com as mãos como um degustador de vinhos-...gosto de menina que se ama sabe?
-Na verdade não!
-Essas meninas que se arrumam pra si e não para ficar sujando a roupa dos homens de maquiagem sabe??
-Acho que entendi!Vc gosta de meninas que naum sejam oferecidas.eh isso?
-Na verdade,eu gosto de meninas que parecem "boneca",assim como vc.Acho muito bonito.Ela me parecem a pessoa ideal para mim.
-Pq a menina ideal??-me espantava a revelação
-Pq eu gosto de cuidar e de proteger.Acho que eh pq eu nunca conheci uma menina com rosto de boneca.Só com rosto de mulher idependente.-ele riu.
-Vc não acha que isso é mera ,desculpe a palavra,"fantasia"?
-Não.Não eh pra sexo que quero uma menina com rosto de boneca.Eh pra virar amigo sabe?Ter uma amiga pra cuidar ..... parace ridiculo mas eu acho muito.. cool. Entende??
-Vê se eu entendi.-explicava eu batendo na bancada-vc gostaria de ser "amigo" de uma menina com rosto de boneca?
-Eh!!
-Podemos ser amigos??
Minha expressão pasma se espantou com o barulho do microondas.
A pipoca estava pronta.Sem eu perceber,a pipoca já estava do dentro da tigela e minha respiração ofegante.
Ele esperou a resposta por um minuto.Meu irmão chamou ele da sala de estar.
-Tenho que ir!Mas a gente tem um assunto pendente.tah bom?-disse ele rapidamente e cochichando.
-Tah!-disse afirmando com a cabeça.
E ele se fora com um ar de felicidade no rosto.


quarta-feira, 17 de março de 2010

Eduarda Sneidher Vasconcelos

PERFUME
o dia em que a palavra "invisivel" se encaixava perfeitamente em mim,a noite cubrira a cidade e me fazia senir as pálpebras pesarem.
Assim que minha cabeça repousou sobre o travesseiro novo que ganhara da minha madrinha,pude sentir o peso da vergonha e da invisibilidade em meu pensar.
Senti o vento que atravessava a janela arrepiar minhas pernas e fazer minha garganta gemer.
Fui até a janela para encosta-la e lá,avistei como o céu estava limpo e o vento trazia um cheiro de perfume impenotizante no ar.Olhei para baixo procurando algum ser vivo na paisagem.O meu campo de visão estava vazio,mas o cheiro me trazia o perfume.Um perfume familiar e tentador.
Girando minha cabeça e procurando de onde vinha o cheiro masculino, meus olhos avistaram na porta de entrada um carro parado.Procurei saber quem era mais foi impossivel com a escuridão da noite.Só foi possivel eu ver uma pessoa,meu irmão mais velho , Eduardo.Pensei que poderia ser algum amigo da faculdade de gastronomia dele ,ou qualquer outro -do serviço de auxiliar administrativo na empresa de nosso pai por exemplo-,mas nem fiquei pesquisando muito para descubrir.
Fechei a janela e fui dormir.Assim que me deitei-sentindo ainda o cheiro vindo com o vento-,meus olhos se arregalaram imediatamente pois o perfume me ligou a imagem.O cheiro era dele!do meu amor proibido!
Ele era amigo do meu irmão??-a pergunta me fez revirar na cama a noite inteira ansiosa para a manhã chegar.
ENCOMENDA PERFEITA
Assim que a claridade invadia meu quarto pelas brechas da janela,me embalei no roupão e fiu correndo encontrar com o meu irmão na mesa.
Não ia para a escola aquele dia.Queria evitar mais sofrimento.Meu irmão estava pronto para ir tarabalhar quando o abordei na mesa.Nossos pais haviam se ausentado e estavamos a sós na mesa.
Comecei com as palavras faceis para tentar evitar a ansiedade de saber se era ele ali ,embaixo da minha janela na noite anterior.
-Duh,quem foi que trouxe ontem??
Ele me ohou retirando rapidamente o copo com suco de laranja dos lábios.
-Bom dia pra vc tbm!tô muito bem e vc??
Inflei as bochechas e o envolvi com meus braços dando-lhe um beijo na bochecha.
-Agora me fala!Quem era no carro!?
-Um amigo meu.O nome dele é Graham-ele disse travando as palavras-.Ele eh irmão de um cara que faz facul comigo.pq??
-Nananada-gaguejei-...na verdade eh que o cheiro do perfume dele ficou impreguinado no meu quarto a noite inteira.Quase passei mal.Que perfume forte!!-fiz cara de nojo me mordendo de felicidade por dentro-.
-É!O perfume dele é forte mesmo!É francês.Então se prepara pq entaum vc vai morrer essa tarde.
Minha mente fantasiava varias hipotezes,mas achei melhor tirar a dúvida.
-Pq??
-Pq essa tarde vai vir ele e o irmão dele vai vir aqui jogar video game comigo.Não vai ter aula na facul mesmo.
O jeito infantil de meu irmão em alguns passatempos era incrivelemente infantis.Mas pelo menos,agora,era útil.
Larguei o meu irmão na mesa sozinho,usando as mãos como um feiche para o roupão e subi a s escadas correndo.
-Onde vc vai?-perguntou o meu irmão.
-Me preparar pra morrer!-respondi em um tom irônico.

terça-feira, 16 de março de 2010

Eduardo Sneidher Vasconcelos

PRIMEIRO ATO EM VÃO
Meu coração ainda batia forte quando fui me deitar.
A noite chegava e novamente minha mente era atormentada pela imagem do que tanto lutava para esquecer.
Tinha medo de como poderia reagir sem ter no que pensar em todas as noites.Ele era a única evidência.Único.
A tentativa de entender aquele breve diálogo que tivemos foi em vão.Ligeiramente em vão quando pensava nas propabilidades de isso ser uma coisa possitiva.
A semente havia sido plantada.Só faltava germinar.E eu estava crente que na manhã seguinte,após meus pensamentos noturnos a regarem,ela jah começara a brotar.
SEGUNDO ATO EM VÃO
A manhã se estendia pela janela.Meus pincéis jah estavam prontos para entrarem em ação:me fazerem virar boneca.
A noite para os meus pensamentos haviam sido estressante.Os meus pincéis produziam em meu rosto um ar de felicidade.
Contava impacientemente os minutos para poder enxergar os meus olhos no dele.
Assim que atravessei a porta,os meus olhos se chocaram com suas costas.Fui capaz de sentir o seu calor mas,mesmo assim ,naumn fui obter um diálogo ou exercer algum tipo de esclarecimento.
Fui pra minha sala imaginando várias coisas que -ou não-acontecer.Minha mente viajava,meus hormônios piravam,minha lingua era mordida por meus dentes de tanto nervoso.
A todo momento meus olhos caçavam pelos seus na porta.Mas essa foi o meu segundo ato em vão.
TERCEIRO ATO EM VÃO
O sinal estridente que anunciava -depois de bater cerca de três vezes-o intervalo,tocou.Minhas mãos guardavam as coisas na bolsa e levava a alça ateh os ombros.Minha respiração ficou meio acelerada e meus pés batendo um nos outros conforme eu ia andando.
Assim que caminhava pelo pátio,avistei novamente o que tanto desejava ,novamente de costas para mim.
Minha mãos se interravam nos bolços da blusa de moletom preta e se contorciam lah dentro.As pontas de meus dedos estavam expressando aquilo que eu realmente queria fazer com ele:segura-lo em minha mão e nunca mais soltar.
Fiquei pensando em como iria falar o "OI" que tanto ensaiava mentalmente,mas foi em vão.Ele escondia uma menina de lábios vermelhos,olhos azuis e voz irritante.Assim que seu cabelo cacheado aparecer a frente seus largos ombros,me encolhi.Me retrai com muita vergonha e muita raiva.
Raiva por naum ser como ela,oferecida,porém, contente por naum ser como ela também.
Infelizmente agora sou capaz de dizer que se for para sofrer,sinto muito ter que me ausentar do meu destino pois continuarei a dormir.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Eduarda Sneidher Vaconcelos

PLANTANDO EM TERRA FÉRIL
Se conseguisse resumir minha vida à uma soh palavra, essa palavra seria NORMAL.
Minha vida eh igual a de todos.Tenho uma familia,um passado e um interminavel presente.
Um presente que nos últimos 4 dias,me fez perder a noção lógica de todos os meus atos.
No 1º dia desses quatro,após tanto pensar, declareii o meu maior erro.Declarei e confessei o meu problema.
No 2ª dia desses quatro, fiquei refletindo o pq tinha gritado para o mundo o que se passava em mim....em meu corpo.
No 3º dia desses quatro,fiquei pensando em como fazer essa semente de sonho germinar.
No 4º dia desses quatro,plantei.
Os próximos dias me revelarão se a terra em que pisei eh fértil ou estéril.
Minha pele tatuada soh queria sentir uma mão grande e quente acaricia-la.Mas ela ainda não chegou.
As terras em que pisei nunca foram as mais propicias para essa situação mas,tô pronta para o que der e vier.
Contei as estrelas do seu na noite anterior.Assim que iniciei a contagem das estrelas que meu olho nu pode alcançar, disse que,se o número fosse par e tivesse mais de 3 digitos,é pq as minhas sementes germinariam,e se ,desse numero impar e com 3 digitos,era pq minhas espectativas estariam todas completamente erradas.
Deu 2 digitos e um numero par.Deixei minha cabeça meio embaralhada de tanto olhar pro céu e por isso fui dormir.
Minha noite foi perturbadora.
Minhas pálpebras estavam decididas a naum se esticar.Fiquei pensando em muitas coisas para destrair a mente enquanto tentavapegar de surpresa o sono que pessava por entre meus pensamentos.
Me senti a pessoas mais estupida do mundo por tentar não pensar no que mais me afligia.Toda pessoa quando está sem sono,pensa em como selecionar os problemas presentes e colocar o plano em prática,então,pq eu tentava nãopensar em problemas mesmo sabendo que eu ia-durante qualquer etapa da minha meditação-pensar neles?
Era tarde de mais.O problema chegou e se instalou empreguinadamente em meu consciente.Fiz de tudo para naum pensar pois,sabia que era um erro e que naum haveria outro caminho a seguir a naum ser o da conscequencia.
Tantas coisas impossiveis veio parar em minha cabeça...a pena eh que nenhuma funcionava para as ocasiões pendentes.
Durmi.
Acordei de manhã e me escondi atrás de uma máscara de boneca em pó.
Chegando na escola,consegui ver os rostos mais animados e os mais desanimados tbm.A manhã detona todos e faz brotar evidências tbm.
Fui para a sala e de longe,pude vizualizar o rosto de meu amor passeando pelas portas procurando um professor.Ele para mim era perfeito.
Ele por mais que fosse homem,nunca olharia para mim."Meninos não gostam de boneca!".Suas palavras ,rabugenta vizinha,serviram paar mim hoje,que pena que naum posso diser o mesmo de seu filho que ,contradizendo suas palavras,hoje vive como boneca dos homens.
Por mais que tentasse chamar sua atenção,naum era possivel ele olhar em meus olhos fantasiados e expressar alguma coisa que naum fosse o ar de indiferença.
A SEMENTE PLANTADA
A semente foi plantada a cerca de 10 horas atrás.
Meu coração queria sair do corpo quando sentiu o barulho oculto da semente bater no chão.
Na bagunça do sinal tocado,durante a troca de salas,meus materias quase naum pararam em minhas mãos.Eles estavam bambos.
Em um simples ato de reacomodação dos livros em meus braços,senti um corpo quente,apressado,bronzeadamente dourado vir como um trem e tentar passar por cima de mim.Assim que olhei para metralhar quem interrompia minha caminhada,olhei para frente e naum pude destinguir muita coisa,somente o apertar em meu braço.As mãos eram grandes e macias.
Minha pele agitada e quieta se tornou impaciente para o fuzilamento,claro que isso foi bem antes de eu perceber que ele era o meu trem desgovernado.Ele era minha pele agotada e a calmaria de minha alma.
Ele disse olhando em meus olhos:
-Me desculpe!Não foi por querer!-o sorrido que ilumunava o meu rosto era branco como a neve.Parecia neve com gotinhas de tinta por causa do aparelho arco-iris.
-Magina!-disse eu com a voz que ecoava dentro de mim-Eu é que naum prestei atenção no caminho!Destrambelhada! .
Me culpei durante o seu ato de recolhimento dos livros que foram parar no chão.Minhas mãos não obedeciam os meus atos.Suas mãos me colocavam em de pé por meio de meus braços.Fiquei morrendo de medo de fazer algo que me deixasse com um ar de idiota ou otária por deixar os livros cair.
Um silêncio tomou conta do lugar onde estavamos e de repente,foi rompido por uma pergunta que fluiu de seus lábios:
-Você parece uma boneca!-seus lábios se esticaram em um largo sorriso que me colocou em dúvida ao perceber se aquilo era uma ofença ou não-Já te disseram isso??
Fiquei com uma cara de indiferente,assim,naum ficava como a tonta e nem como a oferecida.O segundo sinal(o que avisava que os professores clamavam por nossa presença) se iniciou colocando um fim naquela plantação.
Durante as últimas aulas a expressão de felicidade era evidente em meu rosto.
Voltei para a casa mais feliz do que um dia pude imaginar.
Pelo que pude perceber,ele gostava de boneca!

sábado, 13 de março de 2010

"[...]Assim que me deitei,minha espinha e minha nuca se arrepiaram com o sopro que entrou pela fresta da janela.Minha mente voou.
Me lembrei[...]"