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terça-feira, 16 de março de 2010

Eduardo Sneidher Vasconcelos

PRIMEIRO ATO EM VÃO
Meu coração ainda batia forte quando fui me deitar.
A noite chegava e novamente minha mente era atormentada pela imagem do que tanto lutava para esquecer.
Tinha medo de como poderia reagir sem ter no que pensar em todas as noites.Ele era a única evidência.Único.
A tentativa de entender aquele breve diálogo que tivemos foi em vão.Ligeiramente em vão quando pensava nas propabilidades de isso ser uma coisa possitiva.
A semente havia sido plantada.Só faltava germinar.E eu estava crente que na manhã seguinte,após meus pensamentos noturnos a regarem,ela jah começara a brotar.
SEGUNDO ATO EM VÃO
A manhã se estendia pela janela.Meus pincéis jah estavam prontos para entrarem em ação:me fazerem virar boneca.
A noite para os meus pensamentos haviam sido estressante.Os meus pincéis produziam em meu rosto um ar de felicidade.
Contava impacientemente os minutos para poder enxergar os meus olhos no dele.
Assim que atravessei a porta,os meus olhos se chocaram com suas costas.Fui capaz de sentir o seu calor mas,mesmo assim ,naumn fui obter um diálogo ou exercer algum tipo de esclarecimento.
Fui pra minha sala imaginando várias coisas que -ou não-acontecer.Minha mente viajava,meus hormônios piravam,minha lingua era mordida por meus dentes de tanto nervoso.
A todo momento meus olhos caçavam pelos seus na porta.Mas essa foi o meu segundo ato em vão.
TERCEIRO ATO EM VÃO
O sinal estridente que anunciava -depois de bater cerca de três vezes-o intervalo,tocou.Minhas mãos guardavam as coisas na bolsa e levava a alça ateh os ombros.Minha respiração ficou meio acelerada e meus pés batendo um nos outros conforme eu ia andando.
Assim que caminhava pelo pátio,avistei novamente o que tanto desejava ,novamente de costas para mim.
Minha mãos se interravam nos bolços da blusa de moletom preta e se contorciam lah dentro.As pontas de meus dedos estavam expressando aquilo que eu realmente queria fazer com ele:segura-lo em minha mão e nunca mais soltar.
Fiquei pensando em como iria falar o "OI" que tanto ensaiava mentalmente,mas foi em vão.Ele escondia uma menina de lábios vermelhos,olhos azuis e voz irritante.Assim que seu cabelo cacheado aparecer a frente seus largos ombros,me encolhi.Me retrai com muita vergonha e muita raiva.
Raiva por naum ser como ela,oferecida,porém, contente por naum ser como ela também.
Infelizmente agora sou capaz de dizer que se for para sofrer,sinto muito ter que me ausentar do meu destino pois continuarei a dormir.

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