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segunda-feira, 15 de março de 2010

Eduarda Sneidher Vaconcelos

PLANTANDO EM TERRA FÉRIL
Se conseguisse resumir minha vida à uma soh palavra, essa palavra seria NORMAL.
Minha vida eh igual a de todos.Tenho uma familia,um passado e um interminavel presente.
Um presente que nos últimos 4 dias,me fez perder a noção lógica de todos os meus atos.
No 1º dia desses quatro,após tanto pensar, declareii o meu maior erro.Declarei e confessei o meu problema.
No 2ª dia desses quatro, fiquei refletindo o pq tinha gritado para o mundo o que se passava em mim....em meu corpo.
No 3º dia desses quatro,fiquei pensando em como fazer essa semente de sonho germinar.
No 4º dia desses quatro,plantei.
Os próximos dias me revelarão se a terra em que pisei eh fértil ou estéril.
Minha pele tatuada soh queria sentir uma mão grande e quente acaricia-la.Mas ela ainda não chegou.
As terras em que pisei nunca foram as mais propicias para essa situação mas,tô pronta para o que der e vier.
Contei as estrelas do seu na noite anterior.Assim que iniciei a contagem das estrelas que meu olho nu pode alcançar, disse que,se o número fosse par e tivesse mais de 3 digitos,é pq as minhas sementes germinariam,e se ,desse numero impar e com 3 digitos,era pq minhas espectativas estariam todas completamente erradas.
Deu 2 digitos e um numero par.Deixei minha cabeça meio embaralhada de tanto olhar pro céu e por isso fui dormir.
Minha noite foi perturbadora.
Minhas pálpebras estavam decididas a naum se esticar.Fiquei pensando em muitas coisas para destrair a mente enquanto tentavapegar de surpresa o sono que pessava por entre meus pensamentos.
Me senti a pessoas mais estupida do mundo por tentar não pensar no que mais me afligia.Toda pessoa quando está sem sono,pensa em como selecionar os problemas presentes e colocar o plano em prática,então,pq eu tentava nãopensar em problemas mesmo sabendo que eu ia-durante qualquer etapa da minha meditação-pensar neles?
Era tarde de mais.O problema chegou e se instalou empreguinadamente em meu consciente.Fiz de tudo para naum pensar pois,sabia que era um erro e que naum haveria outro caminho a seguir a naum ser o da conscequencia.
Tantas coisas impossiveis veio parar em minha cabeça...a pena eh que nenhuma funcionava para as ocasiões pendentes.
Durmi.
Acordei de manhã e me escondi atrás de uma máscara de boneca em pó.
Chegando na escola,consegui ver os rostos mais animados e os mais desanimados tbm.A manhã detona todos e faz brotar evidências tbm.
Fui para a sala e de longe,pude vizualizar o rosto de meu amor passeando pelas portas procurando um professor.Ele para mim era perfeito.
Ele por mais que fosse homem,nunca olharia para mim."Meninos não gostam de boneca!".Suas palavras ,rabugenta vizinha,serviram paar mim hoje,que pena que naum posso diser o mesmo de seu filho que ,contradizendo suas palavras,hoje vive como boneca dos homens.
Por mais que tentasse chamar sua atenção,naum era possivel ele olhar em meus olhos fantasiados e expressar alguma coisa que naum fosse o ar de indiferença.
A SEMENTE PLANTADA
A semente foi plantada a cerca de 10 horas atrás.
Meu coração queria sair do corpo quando sentiu o barulho oculto da semente bater no chão.
Na bagunça do sinal tocado,durante a troca de salas,meus materias quase naum pararam em minhas mãos.Eles estavam bambos.
Em um simples ato de reacomodação dos livros em meus braços,senti um corpo quente,apressado,bronzeadamente dourado vir como um trem e tentar passar por cima de mim.Assim que olhei para metralhar quem interrompia minha caminhada,olhei para frente e naum pude destinguir muita coisa,somente o apertar em meu braço.As mãos eram grandes e macias.
Minha pele agitada e quieta se tornou impaciente para o fuzilamento,claro que isso foi bem antes de eu perceber que ele era o meu trem desgovernado.Ele era minha pele agotada e a calmaria de minha alma.
Ele disse olhando em meus olhos:
-Me desculpe!Não foi por querer!-o sorrido que ilumunava o meu rosto era branco como a neve.Parecia neve com gotinhas de tinta por causa do aparelho arco-iris.
-Magina!-disse eu com a voz que ecoava dentro de mim-Eu é que naum prestei atenção no caminho!Destrambelhada! .
Me culpei durante o seu ato de recolhimento dos livros que foram parar no chão.Minhas mãos não obedeciam os meus atos.Suas mãos me colocavam em de pé por meio de meus braços.Fiquei morrendo de medo de fazer algo que me deixasse com um ar de idiota ou otária por deixar os livros cair.
Um silêncio tomou conta do lugar onde estavamos e de repente,foi rompido por uma pergunta que fluiu de seus lábios:
-Você parece uma boneca!-seus lábios se esticaram em um largo sorriso que me colocou em dúvida ao perceber se aquilo era uma ofença ou não-Já te disseram isso??
Fiquei com uma cara de indiferente,assim,naum ficava como a tonta e nem como a oferecida.O segundo sinal(o que avisava que os professores clamavam por nossa presença) se iniciou colocando um fim naquela plantação.
Durante as últimas aulas a expressão de felicidade era evidente em meu rosto.
Voltei para a casa mais feliz do que um dia pude imaginar.
Pelo que pude perceber,ele gostava de boneca!

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